quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Prêmio Nobel


O prêmio Nobel de literatura de 2010,foi para o escritor peruano Mario Vargas Llosa, de 74 anos. Vargas Llosa é conhecido por sua biografia crítica contra a hierarquia de castas sociais e raciais e teve ativa participação política em seu país.
Em comunicado, o comitê informou que Llosa recebeu o prêmio "por sua cartografia de estruturas de poder e suas imagens vigorosas sobre a resistência, revolta e derrota individual".O escritor nasceu no Peru, no dia 28 de março de 1936, e ganhou a nacionalidade  spanhola em 1993, três anos após ser vencido nas eleições presidenciais de seu país.
Ele foi um dos protagonistas do chamado "boom latino americano", junto com outros grandes nomes, como o colombiano Gabriel García Marquez, o argentino Julio Cortázar e os mexicanos Carlos Fuentes e Juan Rulfo.
Admirado por sua descrição das realidades sociais, no plano político seu posicionamento favorável à direita causou hostilidade no meio intelectual, que tende majoritariamente à esquerda.
"Os latino americanos são sonhadores por natureza e têm problemas para diferenciar o mundo real e a ficção. É por isso que temos tantos bons músicos, poetas, pintores e escritores, e também tantos governantes horríveis e medíocres", disse o escritor em um encontro com intelectuais.
Nascido em Arequipa, localizada no sul do Peru, em uma família de classe média, Vargas Llosa foi educado por sua mãe e avós maternos em Cochabamba (Bolívia) e depois em seu país. Após estudar na Academia Militar de Lima, obteve uma licenciatura em Letras e ainda muito jovem deu seus primeiros passos no jornalismo.
Ele se mudou para Paris pouco tempo depois, onde se casou com sua tia, Julia Urquidi, 15 anos mais velha que ele - que o inspirou na obra La Tía Julia y el Escribidor. Llosa exerceu diversas profissões: tradutor, professor de espanhol e jornalista da Agência France-Presse (AFP).
Anos mais tarde se separou de sua mulher e se casou com sua prima-irmã Patricia Llosa, com quem teve três filhos.
Sua extensa carreira literária despontou em 1959, quando publicou o primeiro livro de histórias, Los Jefes, com o qual obteve o prêmio Leopoldo Alas. Mas ganhou notoriedade com a publicação do romance La ciudad y los Perros, em 1963, seguido três anos depois de La Casa Verde. Seu prestígio foi consolidado com o romance Conversación en la Catedral, em 1969.
Entre os livros mais recentes estão La Fiesta del Chivo (2000), El Paraíso en la Otra Esquina (2003) e Travessuras de la Niña Mala (2006), seu último romance publicado.

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